Então, assim como a minha queria Amy Winehouse; I told you I Was trouble (Eu disse que eu era problema, lembram?)
Então, vou contar do dia em que eu quase matei degolado um motoqueiro.

Era lá em 97, eu tinha apenas 13 anos. Era muito esperto, mas um tanto inocente. Mas gostava de aprontar muito.
Enfim, viajei com minha Vó Materna para Mato Grosso, uma cidadezinha chamada Barra do Garça. Lá eu tinha uma 'prima' da mesma idade e com o mesmo diabinho no corpo. Tinha um espirito de muleque. Juntou os dois e só podia dar merda.
Dos 10 dias que passei das férias de Julho, pelo menos 8 aprontamos.

Fizemos arte do tipo: Encher balão d'gua subir no telhado e jogar nas pessoas que desciam a rua. Sem discriminação de raça, cor, idade, vestimenta. O prazer era fuder e molhar todo mundo. E rir, sempre rir.
Depois que cansamos de molhar os outros na rua, saiamos a noite pela vizinha e iamos até o lava ajato e mecânica que tinha e começávamos a jogar ovos nos carros que tinham acabado de ser lavados e consertados.
Crianças más!!!!

Mas deixamos o pior pro final. Quando faltava apenas um dia para eu partir, tive a brilhante ideia de fazer as pessoas nas ruas tropeçarem.
Como?

- Prima, que tal a gente por um barbante na rua pra fazer as pessoas tropeçarem?
- Como assim?
- Você amarra no post e depois no portão, o barbante atravessa a rua e quem passar a pé vai levar um tombo.
- Hahahaha, ótima ideia
- Vou buscar o barbante.

Bom, quando eu voltei com o barbante ela foi até o outro lado da rua por o barbante no post. Eram mais ou menos nove da noite, mas como é cidadezinha de interior, já não tinha uma alma viva na rua. 
Me retirei e fui buscar a tesoura, quando eu voltei a doida já tinha posto o barbante.

NO ENTANTO....
quando eu vi e ouvi ao mesmo tempo... já era tarde demais.
foto ilustrativa













Era capacete no começo da rua, a moto caída no meio e o motoqueiro foi arrastado até o final.
O QUE ACONTECEU?

Minha prima seguiu o plano direitinho até um detalhe que ela errou feio. Ela amarrou o barbante no pé do poste de luz - ok - , mas o barbante do outro lado da rua, ela amarrou em cima do portão. O portão não era muito alto, e a corda acabou ficando na altura do pescoço do motoqueiro.

O capacete dele saiu, ele caiu da moto, a moto fudeu no chão e eu e minha prima corremos e nos escondemos pela nossa vida.

No final da história, minha prima apanhou muito, o motoqueiro deu parte na polícia, eu fui embora no dia seguinte como o previsto, minha prima foi depor sozinha, hahahaha, teve que fazer um servicinho comunitário e o motoqueiro ficou com uma marca muito escrota no pescoço. Foi quase degolado mesmo.

E eu? Fiquei sabendo do desfecho pelo telefone.