As coisas ainda estão se ajeitando. Como aquele cubo mágico, você precisa de paciência e estratégia para colocar as cores em seu devido lugar, reagrupando-as. É mais ou menos assim.
Não foi 1 mês, ou 7 meses. Foi um ano e meio de preparação e treinamento para então eu deixar minha casca para trás e dar um passo a frente.

Como disse, ainda estou digerindo informações, novidades, me digerindo.
Sempre que acho que estou 'me perdendo de mim' vem a VIDA e me mostra que tudo faz parte do processo de metamorfose. Eu como um belo geminiano me adapto rapidamente, mas algo ainda fica pairando no ar. Um Q de mistério e de fragilidade. Sou forte quando sei as possibilidades e consequências, mas quando é a vida que traz as novidades, confesso que fico vulnerável. Nem que seja por 5 minutos enquanto assimilo, rapidamente, o novo.

Ironicamente, e cada vez mais, me defino como um pessoa sensata, calma, justa e honesta. E esse último principalmente comigo e com todos aqueles a minha volta.
Como já diz minha Vó: Pão - Pão, Queijo - Queijo.

Em 2010 sambei por aí. Voltei as minhas origens, no entanto muito mais arisco e já mais centrado. Curti uma fase de jovem solteiro e feliz, no entanto com o anseio de responsabilidades. De um certo modo enxergo que eu precisava daquelas 'férias'. Necessitava também encontrar nas minhas raízes, segurança, amor e sagacidade.
Entre o ano de 2011 com um projeto ambicioso. Tão ambicioso que já era tragédia anunciada antes de acontecer.
Ano passado comecei a perceber a importância dos 'sinais' que todos nós emitimos a toda hora. Eu falo demais, e falo não só com a boca, mas com gestos, olhares, modo de vestir. Comecei a prestar mais atenção a esses sinais e principalmente na 'deixa' que as pessoas deixam na construção de raciocínios.

Ano passado eu me treinei pra batalha que a vida seria, que a vida é!
Fiquei me indagando por noites a fora qual o motivo do meu 2010 ter sido e acontecido como foi.
Quando entendi, me senti jogado numa arena nocauteado. Essas porradas que a vida dá na gente.

Mas ai a adrenalina bateu forte. De alguma forma eu já estava mais do que preparado para o que vinha. Então com muita serenidade, inteligência e diplomacia conduzi a situação de um jeito que fosse seguro e tolerável. Até um certo ponto, por que o futuro a Deus pertence. E quando o tal do 'destino' chega, ele não bate na porta e pede licença. É exatamente como um furacão, só se vê o 'estrago' no final.

Sobrou tornados para tudo que é lado. Confesso que se fosse anos atrás a situação tinha virado uma tempestade muito feia. Mas muito sabiamente consegui controlar o vulcão que queria erupcionar e explodir tudo no ar. Foi por bem pouco que eu não fiquei pra assistir o circo pegar fogo.

Quer saber, a melhor decisão tomada em anos.
E hoje que o tempo já passou, a calmaria - que a muito tempo eu desconheci - voltou. Hoje eu me encontro ainda sem entender o que é real, o que foi fábula, até onde que era sonho e virou pesadelo. Mas minha paz de espírito, minha sanidade e meu caráter continuam aqui, firme e forte.

E hoje mais do que nunca, entendo que a vida traz experiências que só nos fazem amadurecer e se tornar pessoas melhores, justas e de bom coração.
Mesmo que esse coração seja geminiano e por vezes enfia os pés pelas mãos em suas decisões radicais/racionais.

Como uma fênix eu renasço de novo. Só que agora mais forte e pronto para todas essas felicidades e possibilidades de ser melhor e um profissional de respeito.

To colhendo todos os frutos do meu intensivão de um ano com a vida. Fiz por merecer, reconheço!
;)