Dia 23 de julho, o dia que marcou com a morte de uma linda e talentosa tragédia anunciada.

Foi uma semana estranhamente 'esquisita' e atípica essa que antecedia o fatídico sábado. As noites pareciam mais curtas e menos sofridas. Tinham um 'Q' de páginas finais de um script escrito as pressas. No mínimo, pouco intrigante e verdadeiro.
Era aquela coisa, sozinho mas estranhamente acompanhado. As coisas começaram a mudar. Algumas coisas até sumiram. Outras coisas voltaram ao normal. Muito estranho mesmo.
Deus ajuda, quem cedo madruga. Era um sábado e eu já de pé desde muito cedo.
Na minha cabeça, o dia já seria cheio de acontecimentos. Grande parte destes, com uma reunião inusitada da família. E também um reencontro com pessoas importantes, na hora exata.

almoço com a notícia
Com muito frio, um cachecol e um gorro, fui enfrentar as tarefas do dia. Trabalho, buscar Avó, casa da Tia, restaurantes dos anjos. Almoço gostoso, sobremesa delícia, digestão horrorosa!
- Ihhh, morreu Amy Winehouse!




Eu não quis acreditar, mesmo já acreditando. Smartphone na mão e confirmação dolorosa.
Segue a rotina, vamos pra praça, pai, mãe, irmão, almoço no buteco, repercursão da morte da Dear Amy. Então, eu me desprendo desse clima família e sigo em direção ao meu reencontro.
No caminho, outra confirmação. Aliás, várias! O carro tava em movimento, eu passando e assistindo o carregamento móvel acontecendo atrás de uma evidente enganação. Mas eu também estava paralisado, quase que como se a vida tivesse virado uma loucura só - ponta cabeça -, e eu assistindo em 3D. Era o fim de uma Era, que insistia em passar no Vale a Pena Ver de Novo. (ou não)
Coisa de louco!

Chego no hotel, mil telões imensos, com todos os canais do mundo, falando sobre a irreparável perda para a Soul Music. Mas essa morte tinha que ser sofrida em grande estilo. O meu reencontro seria absolutamente tudo Open Bar!
;)
Era O DIA PERFEITO, pra afogar as mágoas. Perfeito!

Open Heart as 18:00h
Então estava lá, EU e Taurissão (Taurina + Clarissão). Conversa vai, conversa vem, os dois em choque com o que estava acontecendo na minha vida. Os dois ali compartilhando as loucuras que uma bebidinha liberada não causou no irmão dela. E todas aquelas coisas que rolaram naquela hotel enquanto o open bar estava na ativa.
Acabou Open Bar, acabou discernimento, acabou juízo. Saí do hotel, vai pra casas 'das amigas', pra depois ir pra balada com 'as amigas'. Balada essa que por Deus era perto de casa.
Lá vai eu e Taurissão pra casa.

Eu disse casa? Por que aquela sensação de congelar o mundo e sair da realidade voltou.
Era com certeza um filme de batalha. Faroeste ou de máfia. O caso é; o que parecia ser um campo de guerra psicológico, tinha de fato encorpado e explodido várias bombas e só ficou os pedaços. Acionaram o Play do Campo Minado.
A bomba estourou e quando passaram pra fazer o reconhecimento, não tinha ficado nada que prestava.
A poeira baixou e o mau sumiu. 
a house to call home
Por mais impossível que pareça, a noite não terminou por ai...(seguiu...) Na verdade já era quase pela manhã quando a noite enfim terminou e eu voltei pra casa, ao som de Amy WInehouse no carro. E nem precisei de CD não, era só escolher a rádio.

Passou um ano e eu nunca tive o momento de curtir o luto. Por que a mudança veio que nem um furacão na manhã seguinte. Mas a morte nos ensina que as coisas boas ficam e as ruins vão embora. E que essas coisas ruins são tão sem importância, que acabam por serem esquecidas. Já as coisas boas, perduram como um legado.

I'll never love you, like her...













Dia 23 de julho, o dia que a única coisa que eu perdi foi um ídolo...
Dear Amy! <3