"Medo escorrer entre os meus dedos, entre os meus dedos, eu lambo os dedos, saboreio o meu próprio medo."
_Pitty_


O medo é descrito pelo Aurélio como: "sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça".

Ouvindo essa música sobre medo e vendo um programa de tv inglês, também sobre o assunto; resolvi contar e expor alguns dos meus.

Meu medo mais palpável é a morte, não só de morrer, de fato, mas de ter que lidar com ela, conviver com ela.
Essa possibilidade me mata aos poucos. Tento acreditar em alguns princípios espiritas, que me sooam mais plausíveis. Mas mesmo assim...
NÃO!

Meu medo mais recente, que tem tudo a ver com a morte, é o medo da porra do avião cair
(quando sou passageiro, óbvio!)
Puta que Pariu, que medo!
E esse ano tá uma chuva de avião caindo do céu. Já foram tantos, que os casos até se confundem
Terrível isso!

Digo que é recente, por que só me dei conta depois que começou essa 'moda' de mau gosto, que foi quando eu comecei a utilizar esse meio de transporte com mais frequência.
Do fundo da minha alma, eu recuso o máximo possível viajar naquela Cia de cor vermelha!
Muita zica! Muito vermelho!

Já tive medo do escuro, mas tem explicação! Desde de pequeno que eu enchergo mais do que o necessário e possível. Hoje em dia fico deitado no escuro por opção, prazer!

Na minha infância o meu maior medo não eram os vilões ou o Zé do Caixão! Meu maior terror era meu vizinho, do apartamento ao lado, um cara jovem e gordo!
Digamos que eu era uma espécie de Macaulay Culkin quando muleque, e pra encher a paciência, me debruçava na janela do meu quarto, que eu dividia com meu irmão, e socava a janela do vizinho, como se aquilo fosse a melhor diversão momentânea já inventada!
[Pelo meu irmão mais velho, isso precisa ficar claro]

Um dia esse vizinho revidou! Estavamos fazendo uma festa no quarto. Era almoço de família!
Domingo, videogame, primos, coca-cola!!! Provavelmente ninguém com mais de 10 anos habitava aquele parque.

Pois bem, ele , o gordo, muito puto saltou da janela, praticamente invandindo o nosso quarto, com metade do tronco e a cabeça inteira. Ele rogou muitas, muitas pragas e destilou muitos palavrões.
Eu, criança, o caçula de todos, não sabia se ria ou se mijava na calça de medo
O resto já tava tudo pingando

Tive medo dele, até que finalmente nos mudamos do prédio!
Ufa!
Já tive medo de ladrão entrar na minha casa, PELA JANELA!
[olha o que o vizinho maldito fez comigo]
Mas já passou! Nunca tive medo de cachorro, contrariando todos de minha casa.

Hoje meu maior medo é não realizar nem 50% dos meus sonhos. E medo de que meu futuro dipoma não me traga nenhuma felicidade, nenhuma diferença na minha vida.

Digamos que é um medo do futuro. Mas aí a gente volta pra música :
'... lambo os dedos, saboreio o meu próprio medo.'

E você, o que te amedronta?